De volta as críticas sociais... Hoje fica com o Max Gonzaga!
Descobri o cantor Max Gonzaga ontem, através de um vídeo que uma amiga em Portugal me enviou.
http://www.youtube.com/watch?v=ROHY9T6RNL8
Gostei muito e fui pesquisar sobre ele.
Lá vai as infos que levantei:
http://www.maxgonzaga.com.br/
Em 2005, Max lançou seu primeiro CD solo com o título “Marginal” e teve sua música “Classe Média” classificada para o Festival Cultura - A Nova Música do Brasil. Nos últimos anos apresentou-se em vários espaços culturais da cidade de São Paulo. Destacando-se Café Piu-Piu, Supremo Musical, Teatro do Tuca, Tucarena, Sesc Ipiranga, Centro Cultural São Paulo, Teatro Crowne Plaza, além do clube Caiubí de Artes, fundado por ele mesmo em parceria com outros compositores. O cara é super ativo! Também, iniciaram o movimento que tem como proposta a valorização da música autoral entre compositores à margem da mídia e do mercado fonográfico.
Bom vale a pena conferir! http://www.maxgonzaga.com.br/mp3/classemedia.mp3
Sou classe média
Papagaio de todo telejornal
Eu acredito
Na imparcialidade da revista semanal
Sou classe média
Compro roupa e gasolina no cartão
Odeio “coletivos”
E vou de carro que comprei a prestação
Só pago impostos
Estou sempre no limite do meu cheque especial
Eu viajo pouco, no máximo um pacote CVC tri-anual
Mas eu “tô nem aí”
Se o traficante é quem manda na favela
Eu não “tô nem aqui”
Se morre gente ou tem enchente em Itaquera
Eu quero é que se exploda a periferia toda
Mas fico indignado com o Estado quando sou incomodado
Pelo pedinte esfomeado que me estende a mão
O pára-brisa ensaboado
É camelô, biju com bala
E as peripécias do artista malabarista do farol
Mas se o assalto é em “Moema”
O assassinato é no “Jardins”
A filha do executivo é estuprada até o fim
Ai a mídia manifesta a sua opinião regressa
De implantar pena de morte ou reduzir a idade penal
E eu que sou bem informado concordo e faço passeata
Enquanto aumenta a audiência e a tiragem do jornal
Porque eu não “tô nem ai”
Se o traficante é quem manda na favela
Eu não “tô nem aqui”
Se morre gente ou tem enchente em Itaquera
Eu quero é que se exploda a periferia toda
Toda tragédia só me importa quando bate em minha porta
Porque é mais fácil condenar quem já cumpre pena de vida
Bom, "K" estou, típica classe média, só olhando para meu umbigo e na verdade não me preocupando com nada que não esteja diretamente ligado a minha vida, ou seja, se não bater a minha porta quero mais é que se exploda.
Como eu, grande parcela da população pensa o mesmo, levando a vidinha cotidiana, reclamando da falta de horizontes, buscando novos desafios em horizontes mais coloridos. Nos rendemos ao conto de fadas utópico de um grande amor, nos permitimos sonhar com um mundo colorido e toda a barbárie de nossa sociedade fica somente de pano de fundo entre uma dose de whiskey, mas a preocupação real é somente se os cubos de gelo irão derreter logo, para a dose ficar mais fraca.
Os dias são seguidos de noites, podendo ser arrastados ou não, dependendo somente do estado eufórico e utópico nosso. Estamos anestesiados. Esse é o nosso retrato, mediocridade e egoísmo, o pior que faço parte disso!
Tento me enganar, assim as noites ficam mais tranquilas, com aquele romance Poliana de ser, onde em algum lugar ainda farei algo em prol da mudança. Mas de fato, a única mudança que almejo é a minha, bem pra fora de toda esta confusão, afinal não fui eu quem começou com esta zona e não estou com vontade de pagar por este ônus de inresponsabilidade social que vem desde os primórdios do nascimento de nosso país.
Egosísta? É verdade e detesto coletivos!
Se morre gente ou tem enchente em Itaquera
Eu quero é que se exploda a periferia toda
Mas fico indignado com o Estado quando sou incomodado
Pelo pedinte esfomeado que me estende a mão
O pára-brisa ensaboado
É camelô, biju com bala
E as peripécias do artista malabarista do farol
Mas se o assalto é em “Moema”
O assassinato é no “Jardins”
A filha do executivo é estuprada até o fim
Ai a mídia manifesta a sua opinião regressa
De implantar pena de morte ou reduzir a idade penal
E eu que sou bem informado concordo e faço passeata
Enquanto aumenta a audiência e a tiragem do jornal
Porque eu não “tô nem ai”
Se o traficante é quem manda na favela
Eu não “tô nem aqui”
Se morre gente ou tem enchente em Itaquera
Eu quero é que se exploda a periferia toda
Toda tragédia só me importa quando bate em minha porta
Porque é mais fácil condenar quem já cumpre pena de vida
Bom, "K" estou, típica classe média, só olhando para meu umbigo e na verdade não me preocupando com nada que não esteja diretamente ligado a minha vida, ou seja, se não bater a minha porta quero mais é que se exploda.
Como eu, grande parcela da população pensa o mesmo, levando a vidinha cotidiana, reclamando da falta de horizontes, buscando novos desafios em horizontes mais coloridos. Nos rendemos ao conto de fadas utópico de um grande amor, nos permitimos sonhar com um mundo colorido e toda a barbárie de nossa sociedade fica somente de pano de fundo entre uma dose de whiskey, mas a preocupação real é somente se os cubos de gelo irão derreter logo, para a dose ficar mais fraca.
Os dias são seguidos de noites, podendo ser arrastados ou não, dependendo somente do estado eufórico e utópico nosso. Estamos anestesiados. Esse é o nosso retrato, mediocridade e egoísmo, o pior que faço parte disso!
Tento me enganar, assim as noites ficam mais tranquilas, com aquele romance Poliana de ser, onde em algum lugar ainda farei algo em prol da mudança. Mas de fato, a única mudança que almejo é a minha, bem pra fora de toda esta confusão, afinal não fui eu quem começou com esta zona e não estou com vontade de pagar por este ônus de inresponsabilidade social que vem desde os primórdios do nascimento de nosso país.
Egosísta? É verdade e detesto coletivos!
O Peppe está de greve, portanto rolou fotos do maior sapão do mundo!