Há dias que vivo como o lobo, mas há outros...

"Assim como a loucura, em seu mais alto sentido, é o princípio de toda sabedoria, assim a esquizofrenia é o princípio de toda arte, de toda fantasia".
Ao que só nos resta... "viver e aprender a rir".
(O Lobo da Estepe)

TRATADO DO LOBO DA ESTEPE
Este link é um trecho do romance O Lobo da Estepe, de Herman Hesse.

Somente recomendo este livro para os que não são medíocres pois o texto oscila entre o simbolismo e o surrealismo. Portanto somente para os de capacidade prodigiosa e inventiva poderão ler o livro pois não se sentirão perdidos em meio ao oceâno de tantas indagaçãoes que o autor irônicamente nos serve como o prato principal.

A misantropia, o solipsismo e a inadequação de seu protagonista ao mundo, descontadas as eventuais referências à ânsia de um "encontro com Deus", também estão de alguma forma na origem dos personagens.

"O Lobo da Estepe, o sem pátria e solitário odiador do mundo burguês.
(...) Não se devem considerar suicidas apenas aqueles que se matam.
(...) Essa classe de homens se caracteriza na trajetória de seu destino porque para eles o suicídio é a forma de morte mais verossímil (...). diz o narrador do romance de Hesse.

Todo o problema do personagem do livro de Hesse é um permanente mal-estar cuja fonte é a inadequação do seu espírito à sociedade, à massa, à média e à vulgarização burguesa da vida e dos valores. É por isso que ele se define como "lobo da estepe". (Bernardo Carvalho)